julho 29, 2011

Dreams In New York - 28º Capítulo

17 October

Acordei de madrugada com batidas extremamente fortes na porta, então levantei correndo e quando abri a porta avistei os olhos da minha mãe que estavam lacrimejando.
Natalie      - O que foi? – comecei a gritar de nervoso.
Alicia         - O Wiliiam...
Natalie      - Não! Não! Não!
Eu comecei a chorar desesperadamente, peguei uma calça e fui vestindo no caminho ao hospital. Assim que eu entrei eu vi os médicos tentando reanimar seu coração e a Sra. Condor gritando e tentando entrar no quarto. Naquele momento o mundo parou, era como se eu estivesse perdida em um deserto e não conseguisse ver nada. Minha mãe segurou em minha mão e me levou para perto do quarto. Quando olhei pelo vidro, o buquê de rosas que eu havia levado estava ao lado de sua cabeça e um médico o derrubou no chão, e assim que o buquê bateu no chão, seu coração parou de vez. Eu fiquei sem reação e não sabia o que fazer. Minha mãe apoiou sua mão em meu ombro e ouvia sua voz no fundo dizendo para eu me acalmar. Eu não conseguia me movimentar e quando tiraram o corpo dele, eu me joguei no chão ao lado do buquê de rosas e lagrimas escorriam pelo meu rosto. Ao lado do buquê havia um papel em branco, então eu o virei e estava escrito:

“Você será a menina da minha vida”
                                              Foi.

Eu mal conseguia respirar de tanto chorar. Então a Sra. Condor se ajoelhou comigo no chão e ficamos chorando juntas.
Os enfermeiros nos levaram para o refeitório e Beth estava sentada com a cabeça abaixada. Ela nos viu e começou a chorar junto.
Sra. Condor       - Por que meu filho? Por quê?
Doía mais ainda ao ver a dor que ela estava sentindo com a perda.
Alguns amigos da escola, parentes e conhecidos foram até o hospital e começaram arrumar o memorial para o velório que aconteceria mais tarde.
Beth          - Eu avisei o Justin, ok?
Natalie      - Obrigada.
Começou amanhecer, então resolvi ir revelar as fotos que tirei com Will na noite passada, e no caminho meu celular tocava desesperadamente, mas não tinha forças para atender. Minha mãe me achou sentada no parque com as fotos na mão e chorando, então ela me colocou no carro e me levou para casa.
Natalie      - Sabe o que mais doeu?
Alicia         - O que?
Natalie      - Perceber que ele nunca mais voltará.
Alicia         - Ele sofreu bastante. Precisava de paz.
Natalie      - Quando as rosas bateram no chão o coração dele parou de vez.
Alicia         - Era como se ele estivesse prevendo tudo.
Natalie      - Ele se foi feliz, não foi?
Alicia         - Sim, e sabe por quê? Porque você fez tudo que ele desejava antes de morrer. Ele se foi feliz, porque você era a felicidade dele.
Natalie      - O que será da Sra. Condor?
Alicia         - Ela precisa do nosso apoio.
Chegamos em casa, então eu tomei um banho e dormi um pouco. Depois de algumas horas eu acordei e meu celular estava tocando, então eu o atendi.
Justin        - Natalie? Natalie?
Eu não conseguia falar nada, apenas ouvia sua voz.
Justin        - Natalie? Fala comigo!
Natalie      - Oi.
Justin        - Estou preocupado com você. Como está?
Natalie      - Eu não sei...
Justin        - Não diga nada, apenas escuta. Eu acabei de desembarcar e daqui uma hora no máximo eu estou ai.
Natalie      - Ok.
Justin        - Só me diga que está bem, porque eu estou enlouquecendo.
Natalie      - Eu estou bem. Vou te esperar – desliguei o telefone.
Minha mãe entrou no quarto lentamente.
Alicia         - Natalie?
Natalie      - Que?
Alicia         - Se você puder, a Sra. Condor gostaria que você fizesse alguma carta para ler no velório.
Natalie      - Eu farei.
Minha mãe me deu um remédio, então voltei a dormir. Acordei com o Justin me chamando e balançando meu corpo.
Justin        - Você me deixou nervoso!
Natalie      - Eu estou bem. Só tomei remédio.
Justin        - Está tudo bem mesmo?
Natalie      - Eu só queria abrir os olhos e ver que tudo isso foi somente um pesadelo.
Justin        - Você é forte e vai conseguir lidar com isso.
Natalie      - Eu vou tomar banho, ok?
Justin        - Estou te esperando.
Natalie      - Obrigada por vir – beijei o canto de sua boca.
Eu me arrumei para o velório, coloquei um vestido preto e prendi meu cabelo. Justin vestiu um terno preto, então fomos ao cemitério.
Quando eu vi o corpo de Will no caixão, era tão inacreditável. Ele parecia bem, tão sereno. Então eu tirei uma peruca preta da bolsa e coloquei nele. Vi a Sra. Condor vindo em minha direção.
Natalie      - Espero que não fique brava.
Sra. Condor       - Bem melhor. Ele continua lindo.
Natalie      - Ele iria querer assim – sorri.
Justin foi desejar seus pêsames a Sra. Condor, enquanto eu estava cumprimentando meus amigos.
Todos se sentaram e o Padre começou o discurso, logo depois a Sra. Condor falou, depois alguns familiares, então chegou a minha vez.
Eu fiquei em frente ao caixão e comecei a ler para mim o que escrevi, então amassei o papel e fiquei olhando para todos que estavam sentados a minha frente.
Natalie      - William Condor...
                Meu primeiro amor, meu melhor amigo, a pessoa que estava a qualquer momento, em qualquer lugar por mim.
                Passei minha vida inteira ao lado desse garoto e não me arrependo de nada, pois eu dei o valor que nossa amizade merecia.
                Vivemos tantas coisas juntos. Momentos tristes e felizes, porém, não quero esquecer os trises, pois após eles, vieram momentos extremamente felizes.
                Ele era como um irmão, às vezes cuidava de mim como se fosse meu pai, e também cuidei dele como se fosse sua mãe.
                Eu tinha escrito um texto lindo que provavelmente iria comover todos, mas não, ele merece as palavras sinceras que estão vindo do meu coração nesse momento.
                Quando éramos crianças, ele disse “Você será a menina da minha vida”, agora podemos dizer que eu fui à menina de sua vida, mas para mim, ele não acabou. Só está recomeçando.
                Eu perdi um amigo, mas ganhei um anjo. Um anjo que estará sempre comigo, será meu anjo da guarda.
                Veio uma música em minha cabeça agora, que diz:
“Você percebe o quanto eu preciso de você agora?
Quando você vai embora, os pedaços do meu coração sentem sua falta.”
Há algumas horas eu estava me sentindo como se estivesse andando sem rumo, mas não mais. Eu sei que ele está aqui comigo, e sempre estará. Sempre.
                Will... Eu te amei, amo e amarei a cada segundo da minha vida, como você me amou até o fim.
Quando eu terminei de falar eu estava transbordando em lágrimas, e quando olhei em volta, as pessoas choravam comigo. Olhei pela ultima vez em seu rosto, e então fecharam o caixão.
Justin me tirou do cemitério e ficamos paramos dentro do carro em frente a minha casa.
Justin        - Foi lindo o que você disse.
Natalie      - Não estou triste como eu estava.
Justin        - Ele está em paz.
Natalie      - É que aquelas pessoas me assustam.
Justin        - Ninguém vai mais incomodá-la.
Natalie      - Fica aqui comigo.
Justin me abraçou e beijou minha testa. Ficamos alguns minutos parados na mesma posição, até que eu abri a porta e sai do carro.
Justin        - O que vai fazer?
Natalie      - Vamos sair jantar?
Justin        - Quero reatar o ‘tempo’ no namoro.
Natalie      - O ‘tempo’?
Justin        - Sobre aquele ‘tempo’. Não queria que tivesse entendido mal.
Natalie      - Eu não entendi mal. Era só para eu fazer o que deveria ter feito. E eu fiz o Will feliz.
Justin        - Você é fantástica.
Natalie      - Por que quando eu estou com você todos os problemas somem e me sinto protegida, me sinto acolhida?!
Justin        - Porque você é preciosa, e tenho que cuidar de você.
Natalie      - Você consegue fazer isso perfeitamente.
Justin        - Agora dá um sorriso.
Natalie      - Não...
Justin        - Um sorriso – ele sorria como um bobo.
Natalie      - Você não desiste, não é? – então eu sorri e começamos a rir.
Justin        - É assim que eu gosto de vê-la – segurou a minha mão.
Nós trocamos de roupa e fomos a um restaurante. Justin segurou a cadeira enquanto eu sentava.
Natalie      - Você adora agir como um cavalheiro, não é? – sorri.
Justin        - Digamos que eu seja um perfeito cavalheiro – brincou.
Natalie      - Eu deveria ter ficado lá no velório, não deveria?
Justin        - Ele escondeu a doença de você todo esse tempo para não te ver sofrer, então você acha que ele iria querer vê-la chorando no cemitério?
Natalie      - Imagino que não.
Justin        - O importante é tê-lo sempre em seu coração junto às lembranças maravilhosas que tem ao lado dele.
Natalie      - Você está certo – sorri.
Justin        - O que vai querer comer?
Natalie      - Alguma coisa rápida.
Justin        - Picanha, arroz e batata frita?
Natalie      - Perfeito!
Justin        - Quero o mesmo que ela.
Garçonete  - Ok.
Natalie      - Você não tinha show?
Justin        - Fiz show ontem e estava curtindo a Flórida com meus primos, para amanhã ir a Atlanta fazer show.
Natalie      - Me perdoa por estragar seu passeio.
Justin        - Não! Para!
Natalie      - É sério...
Justin        - Você não estragou nada, entendeu?
Natalie      - Entendi.
Justin        - Agora sorria – disse rindo.
Natalie      - Como você é bobo! – eu dei risada.
Justin        - Sendo bobo que eu consigo tirar sorrisos de você.
Então nós jantamos e fomos para casa. Ficamos deitados até eu adormecer.

Dreams In New York - 27º Capítulo

16 October

Acordei e fiz mesma rotina de sempre. Quando eu estava saindo de casa para ir ao hospital junto a minha mãe, eu falei com Justin e liguei para Beth perguntando as matérias da escola, pois eu não estava indo as aulas. Peguei meus cadernos e quando chegamos ao hospital eu fui direto ao quarto do Will.
Natalie      - Bom dia! – sorri.
Will           - Bom dia! – retribuiu o sorriso.
Natalie      - Hoje eu não trouxe surpresas, e sim, tarefas escolares.
Will           - Eu te ajudo.
Natalie      - Isso não será saudável, mas ficarei aqui junto a você.
Então eu me deitei ao seu lado e comecei a fazer minhas tarefas, mesmo assim, ele me ajudou. Após acabarmos as tarefas nós assistimos a um filme e ao almoço chegou. A enfermeira começou dar comida para ele em sua boca, então pedi se eu poderia dar, e ela deixou. Eu colocava pouca comida na colher e lentamente dava para ele.
Will           - Não quero que faça isso – sorriu.
Natalie      - Eu estou gostando – limpei seu queixo com o guardanapo.
Will           - Você está parecendo minha mãe – riu.
Depois de dar a comida para ele eu fui ao refeitório comer algum lanche e em seguida eu voltei para o quarto.
Natalie      - Voltei – disse me deitando junto a ele.
Will           - Isso é bom – sorriu.
Natalie      - Do que você mais sente falta?
Will           - Em mim?
Natalie      - É.
Will           - Meu cabelo.
Natalie      - Você ficou tão bem assim.
Will           - É estranho. Olho-me no espelho e me sinto mais doente.
Natalie      - Sua mãe quer ficar um pouco com você, então daqui a pouco eu volto, está bem?
Eu sai do quarto e fui correndo a uma loja de fantasia. Procurei pelas perucas mais bonitas que haviam lá, comprei algumas perucas e uns utensílios. Peguei minha câmera e voltei ao hotel.
Natalie      - Trouxe presentes!
Will           - Trouxe? Quero ver – sorriu.
Eu abri a sacola e tirei uma peruca loira, ruiva e uma morena.
Natalie      - Você quer ser loiro, ruivo ou moreno? Agora pode ser o que quiser.
Will           - Eu não acredito! – ele começou a rir.
Natalie      - Algum problema?
Will           - Obrigado. Obrigado mesmo.
Ele foi colocando cada peruca e fomos tirando fotos. Colocamos nariz de palhaço e até eu coloquei peruca. Ele realmente parecia estar se divertindo, e isso me deixava incrivelmente feliz.
Já estava no fim da tarde, então ele jantou com a mãe dele e depois eu fiquei mais um tempo deitada junto a ele. Will acariciava meus cabelos com as mãos.
Natalie      - Minha mãe já vai embora, então é melhor eu ir.
Will           - Tudo bem – sorriu.
Natalie      - Eu volto amanhã.
Will           - Você é uma garota forte, então mantenha calma.
Natalie      - Ok – disse desentendida.
Eu fiquei olhando fixamente em seus olhos e seu rosto estava tão próximo ao meu.
Will           - Eu te amo.
Eu sorri e encostei meus lábios nos dele. Will começou a me beijar lentamente e acariciava meu rosto com as mãos. Então fui parando o beijo lentamente e beijei sua testa.
Natalie      - Vai ficar tudo bem – dei um ultimo beijo nele e me encostei na porta.
Will           - Se cuida.
Natalie      - Eu te amo.
Então eu sai do quarto e minha mãe já estava me esperando, então fomos para casa.
Alicia         - Você beijou ele?
Natalie      - Sim.
Alicia         - Mas e o Justin?
Natalie      - Ele quis que eu ficasse e fizesse o que deveria ser feito. Eu precisava fazer isso.
Alicia         - Mas você ama o Justin?
Natalie      - Amo, e também o Will. São amores diferentes.
Alicia         - Explica melhor.
Natalie      - Justin é o amor da minha vida, é o homem que quero para sempre comigo. William sempre foi meu melhor amigo e a primeira pessoa que amei. Foi um beijo de paz, entende? Para mostrar o quanto ele significa para mim. Não vejo problema nisso.
Alicia         - Você é uma boa garota – sorriu.
Nós jantamos com o namorado da minha mãe e depois ele foi dormir em casa. Eu não podia reclamar dele, mas a minha mãe é minha, e não dele. Depois eu conversei um pouco com o Justin pelo Skype e contei absolutamente tudo que aconteceu inclusive o beijo. Ele não ficou bravo, afinal, ele me apoiou a fazer isso. Depois eu tomei banho e dormir.

Dreams In New York - 26º Capítulo

15 October

Justin me acordou dizendo que precisava ir ao hotel, pois já estavam levando as malas para o carro.
Natalie      - Não quero que vá embora.
Justin        - Eu também não quero ir, você sabe. Queria você comigo.
Natalie      - Mas o Will precisa de mim.
Justin        - Você sabe o que deve fazer.
Natalie      - Você vai ficar bem?
Justin        - Sim – sorriu.
Natalie      - Então espera que vou te ajudar com as malas e me despedir.
Justin        - Não. Volta a dormir, porque você está precisando.
Natalie      - Mas... – interrompi a fala.
Justin        - Eu vou sentir sua falta – me abraçou.
Natalie      - A gente se vê em breve.
Justin        - Eu e você, é o que importa. Lembra?
Natalie      - Sempre!
Justin        - Eu te amo – envolveu sua língua na minha.
Natalie      - Eu também – disse enquanto parava o beijo.
Justin me abraçou apertado novamente, beijou minha testa e pegou suas malas. Eu deitei novamente e fiquei esperando ouvir o barulho da porta da sala se fechando. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e abracei meu travesseiro. Consegui dormir por mais alguns minutos e depois resolvi levantar. Tomei um banho, arrumei a casa e passei no supermercado comprar algumas comidas gostosas, aluguei alguns filmes e comprei um buquê de rosas. Eu lembrei que tinha um vídeo game que eu não usava mais em casa, então voltei para busca-lo e depois fui ao hospital. Eu parecia uma louca entrando no hospital com uma bolsa cheia de coisas e rosas nas mãos. Encontrei a Sra. Condor sentada no corredor.
Natalie      - Olá – sorri.
Sra. Condor       - Natalie! Que surpresa!
Natalie      - Como à senhora está?
Sra. Condor       - Melhorando.
Natalie      - Acho melhor ir para casa descansar e se alimentar bem.
Sra. Condor       - Não posso deixar meu filho.
Natalie      - Eu trouxe muitas coisas para ocupar Will durante a tarde inteira, acredite.
Sra. Condor       - Obrigada por se preocupar.
Natalie      - Ele é importante para mim.
Sra. Condor       - E você é muito importante para ele.
Depois da enfermeira convence-la ir para casa, ela resolveu ir. Então eu pedi permissão para passar à tarde com Will e ele estava terminando de almoçar quando eu entrei no quarto fazendo escândalo.
Natalie      - Surpresa!
Por um momento me arrependi de ter gritado quando entrei no quarto, mas passou o arrependimento quando vi o sorriso sincero que Will deu.
Will           - Você aqui?
Natalie      - Eu mesma – sorri.
Will           - Inacreditável – estava com um sorriso maravilhoso no rosto.
Natalie      - Sabe... Eu gosto da sua nova aparência. Está mais bonito e destacou mais o sorriso incrível que você tem.
Ele baixou a cabeça e não parava de sorrir. Ele parecia feliz.
Natalie      - Ok... Eu trouxe muitas coisas para te deixar ocupado a tarde inteira.
Will           - Veremos o que tanto há dentro dessa bolsa.
Natalie      - Temos vários filmes novos, revistas de fofoca, banco imobiliário, vídeo game e comidas.
Will           - Comidas?
Natalie      - Já que não posso te levar a um piquenique, então o piquenique veio até você.
Will           - Obrigado – sorriu.
Natalie      - Não agradeça – pisquei.
Will           - Por onde vamos começar?
Natalie      - Que tal vídeo game?
Will           - Para você perder?
Natalie      - Ah... Essa que quero ver.
Eu instalei o vídeo game na televisão e levei os controles até ele, depois deitei ao sei lado e começamos a jogar. Ficamos bastante tempo jogando vídeo game e devo confessar, eu perdi. Ele era incrivelmente bom.
Will           - Eu disse que iria perder.
Natalie      - Eu ainda vou ficar boa nisso. É sério.
Will           - Quem sabe um dia você ganhará de mim.
Natalie      - Esse dia está chegando... – sorri.
Will           - Quem sabe – ficou me olhando.
Natalie      - O que vamos fazer agora?
Will           - Nada. Só fica deitada aqui.
Então eu aproximei meu corpo ao dele e deitei em seu peito.
Will           - Por que não foi com o Justin?
Natalie      - Não posso deixa-lo aqui.
Will           - Mas vocês se amam.
Natalie      - Se um dia o Justin quebrasse o meu coração, a primeira pessoa que iria me acolher seria você, então eu estou te acolhendo, porque é mínimo que eu posso fazer para te agradecer por tudo.
Will           - Você é única – beijou minha testa.
Eu peguei no sono e Will ficou o tempo inteiro abraçado a mim. Acordei quando a enfermeira estava me chamando pois ele tinha que tomar algumas medicações e eu tinha que me retirar. Então eu sai do quarto e encontrei com a minha mãe no corredor.
Alicia         - Estava te procurando.
Natalie      - Me achou – sorri.
Alicia         - Que bom que ficou. O William precisa de você.
Natalie      - Estou fazendo o certo.
Alicia         - Fico feliz – acariciou meu rosto com as mãos.
Natalie      - Por que ele não me contou isso antes? Tantos anos escondendo.
Alicia         - Não gostamos de ver as pessoas que amamos sofrer por nós, porque assim sofreremos juntos.
Natalie      - Ele estava sofrendo.
Alicia         - Mas não queria passar a dor para você.
Natalie      - Ele vai ficar bem?
Alicia         - É complicado, filha.
Natalie      - O que você quer dizer?
Alicia         - O Padre virá daqui a pouco para ele se confessar.
Natalie      - Mãe...
Alicia         - Não há mais nada que possamos fazer. Desculpa-me.
Natalie      - Ele não pode morrer! Não! – eu comecei a chorar.
Minha mãe me abraçou e me levou ao refeitório para eu me acalmar. Ela me fez comer algumas coisas saudáveis e depois que o Padre foi embora eu pude voltar ao quarto.
Natalie      - Ei...
Will           - Entra – sorriu.
Natalie      - Vi o Padre saindo daqui.
Will           - Você sabe o que isso quer dizer, não sabe?
Natalie      - Minha mãe me falou.
Eu peguei as flores e coloquei num vaso com água no criado-mudo que havia ao lado da cama hospitalar que ele estava.
Will           - São lindas.
Natalie      - É... – sentei na beirada da cama e fiquei olhando para ele.
Will           - Não me arrependo de nada que fiz, muito menos do que está acontecendo comigo.
Natalie      - Isso não deveria acontecer contigo.
Will           - As coisas acontecem como devem ser.
Natalie      - É injusto.
Will           - O Justin vai cuidar bem de você, eu sei que vai.
Natalie      - Não se preocupa com isso.
Will           - Ele é um cara legal. Eu gosto dele.
Natalie      - Sim, ele é. Agora você tem que se preocupar com a sua mãe.
Will           - Já conversei bastante com ela sobre tudo.
Natalie      - Ela é uma grande mulher.
Will           - Eu amo ela.
Natalie      - Ela fez de tudo por você.
Will           - E ainda está fazendo.
Sra. Condor       - Licença – disse entrando no quarto.
Natalie      - Olá.
Sra. Condor       - Fico feliz que esteja aqui, Natalie.
Natalie      - Eu também – sorri.
Sra. Condor       - É melhor você ir para casa e cuidar um pouco de si mesma.
Natalie      - Eu vou, mas volto amanhã.
Will           - Ficarei te esperando.
Natalie      - Se cuida – beijei sua testa.
Me retirei do quarto e esperei minha mãe terminar o turno dela e fomos para casa. Tomei um banho e depois fui para cozinha, pois o jantar já estava na mesa. Minha mãe ficou lembrando-se de coisas engraçadas para me fazer rir. Depois eu ajudei ela arrumar a cozinha e conversei um pouco com o Justin por telefone. Ele me disse que estava na Flórida e que depois ia para Atlanta e Nova Iorque. Ele também quis saber como Will estava então eu contei como foi meu dia. Depois de falar com Justin eu adormeci porque eu estava bastante cansada.

Dreams In New York - 25º Capítulo

14 Octotober

Alicia         - Natalie?! Justin?!
Natalie      - Desculpa mãe... Nós estávamos dormindo.
Alicia         - O café está na mesa.
Natalie      - Estamos descendo.
Olhei para Justin e me levantei rapidamente para tomar banho, então ele veio atrás de mim.
Não tínhamos tempo para tomar um banho com calma, porque minha mãe estava nos esperando, então o banho foi bem rápido e logo depois fomos à cozinha para tomar café da manhã com a minha mãe.
Alicia         - Bom dia dorminhocos.
Justin        - Bom dia – sorriu.
Fui até minha mãe e beijei seu rosto. Então nós nos sentamos e começamos a comer algumas torradas e croissant.
Natalie      - Como está lá no seu trabalho?
Alicia         - Está ótimo. Você sabe que eu amo o que faço, mas não tenho tempo para nada.
Natalie      - Foi a sua escolha.
Alicia         - Deveria ter conversado com você antes, não acha?
Natalie      - Não mãe. Se você está feliz, eu também estou.
Alicia         - Agora que o Justin está aqui você pensa assim, mas quando ele não está você se sente sozinha.
Justin        - Desculpa-me intrometer, mas se você estiver de acordo, eu adoraria que a Natalie viesse para a turnê novamente comigo.
Alicia         - Não sei se isso é uma boa ideia.
Natalie      - Por quê?
Alicia         - Justin, eu realmente gosto de você, mas acho que cada um tem que seguir sua vida. Eu quero dizer que vocês estão em mundos diferentes, então acho que você deve seguir sua carreira e a Natalie construir o futuro dela, mas isso não impede de vocês estarem juntos.
Justin        - A Natalie é o meu mundo.
Alicia         - Vocês são dois adolescentes que não sabem muito sobre a vida.
Justin        - Estamos tentando construir um futuro.
Natalie      - Mãe, não é porque sua vida não deu certo no começo, que a minha também não vai dar.
Alicia         - O que? – exaltou.
Justin colocou a mão em minhas costas e me olhou estranhamente.
Natalie      - Não tenho culpa se o papai te deixou, na verdade, eu sei que foi por causa de mim, mas todo dia, quando acordo, eu tento me livrar dessa culpa. Não gosto de vê-la sofrer e não sou absolutamente a favor sobre seu novo namorado, mas quero que seja feliz, e com o Justin, eu me livrei dessa culpa e estou tentando ser feliz como nunca fui antes! – me levantei da mesa e fui para meu quarto.
Justin foi até minha mãe e a abraçou. Disse que às vezes é bom nós tirarmos algumas mágoas que se acomodam dentro de nós, e essas mágoas acabam afetando outras pessoas, mas temos que se livrar delas e continuar seguindo em frente.
Depois de alguns minutos Justin entrou em meu quarto e sentou ao meu lado na cama.
Justin        - Está tudo bem?
Natalie      - Eu não deveria ter falado aquilo para ela.
Justin        - Mas é como você estava se sentindo, e aposto que ela também se sentia assim.
Natalie      - Ela ficou magoada?
Justin        - Ela vai superar.
Natalie      - Você é meu refúgio, é a minha felicidade.
Justin        - Você sempre será feliz, independente de qualquer coisa.
Ele me puxou e passou seu braço em volta de meu corpo.
Natalie      - Você acha que meu pai deixou minha mãe por minha causa? – encostei a cabeça em seu ombro.
Justin        - Acredito que não – beijou minha testa – E devo dizer que ele foi um grande idiota em deixar vocês.
Natalie      - Não gosto da atitude que ele tomou em relação a nós, mas eu gostaria de vê-lo mais uma vez. Não preciso ter contato com ele, nem ao menos conversar, mas sim, ver.
Justin        - Eu também fui deixado quando tinha dez meses.
Natalie      - Mas seu pai não sumiu.
Justin        - Não se culpa por isso, Natalie. Tenho certeza que se ele pudesse voltar atrás, ele nunca teria te deixado.
Natalie      - Então por que ele não vem atrás de nós?
Justin        - Medo.
Natalie      - Medo? Por quê?
Justin        - Medo que vocês reajam mal com a sua volta.
Eu desencostei de seu ombro e olhei para baixo. Minha mãe entrou no quarto e ficou nos olhando.
Alicia         - Você tem razão.
Natalie      - Me perdoa mãe – abracei ela.
Alicia         - Tudo que você disse era verdade.
Natalie      - Não, não era.
Alicia         - Todo dia nós se culpamos pelo que ele fez, mas tenho certeza que não temos nada com isso.
Natalie      - Ele foi um idiota.
Alicia         - Ele é o culpado dessa história e não merecia nossa família.
Natalie      - E nós que sofremos.
Alicia         - Agora você tem o Justin.
Natalie      - E você seu namorado.
Alicia         - Então vá ser feliz.
Natalie      - O que quer dizer?
Alicia         - Pode ir com o Justin.
Natalie      - Sério?
Alicia         - Sim – sorriu.
Justin se levantou e veio perto de nós.
Natalie      - Obrigada mãe.
Justin        - A senhora ficará bem sozinha?
Alicia         - Absolutamente.
Justin        - Tem certeza?
Alicia         - Eu estou me dedicando ao meu trabalho para dar uma vida melhor para Natalie e estou ficando ausente em casa. Não quero que ela fique sozinha.
Justin        - Obrigado por confiar em mim.
Alicia         - Se você fizer algo a minha garotinha, eu acabo com você.
Justin        - Eu sei disso – disse rindo.
Minha mãe abraçou Justin e logo depois foi trabalhar. Nós ficamos responsáveis por arrumar a casa, então eu arrumava as camas e a cozinha, enquanto Justin varria o chão. Era tão engraçado.
Após fazermos nosso trabalho de casa, tomamos um banho e se arrumamos para passear.
Natalie      - Espera! Eu conheço essa camisa.
Justin        - Sério? Estranho... Porque eu acho que foi essa camisa que eu ganhei de uma garota linda – brincou.
Natalie      - Bobo!
Justin        - Obrigada pela camisa.
Natalie      - Gostou?
Justin        - Bastante!
Natalie      - De verdade?
Justin        - Eu não mentiria – sorriu.
Então nós fomo até o hotel e nos encontramos com os pais de Justin na recepção.
Pattie                - Olá!
Natalie      - Oi – sorri.
Justin estava conversando com Jeremy, então fiquei contando para Pattie alguns lugares da cidade que eles deveriam visitar. Depois de alguns minutos eles vieram perto de nós, Justin cumprimentou sua mãe e depois nós fomos para um parque que havia no centro da cidade. Justin me fez fazer varias poses e ficava me fotografando.
Então depois começamos a tirar fotos juntos e ele teve a ideia de fazer um piquenique em volta de um lago que tinha há alguns quilômetros do centro da cidade, então ele foi a um supermercado que tinha próximo de onde estávamos, enquanto eu fiquei sentada no parque olhando o movimento da rua, até que avistei Will andando na outra calçada. Rapidamente me levantei e atravessei a rua gritando pelo seu nome. Will se virou e ficou me olhando.
Natalie      - Ei! – sorri
Will           - Oi.
Natalie      - Tudo bem?
Will           - Sim – parecia indeciso – E com você?
Natalie      - O que está acontecendo com você?
Will           - Fui visitar uns parentes – gaguejou.
Natalie      - Ah...
Will           - E o Justin?
Natalie      - Comprando algumas coisas para fazermos um piquenique – disse empolgada.
Will           - Que legal.
Natalie      - É sim!
Will           - Quando ele vai embora?
Natalie      - Amanhã, mas eu vou com ele.
Will           - O que?
Natalie      - Vou para a turnê com ele.
Will           - Está feliz?
Natalie      - Bastante.
Will           - Então eu também estou – sorriu.
Natalie      - A gente se vê por ai.
Will           - Ok – beijou meu rosto.
Eu me virei e fui em direção ao supermercado e Justin já havia saído e estava esperando por mim.
Natalie      - Encontrei o Will.
Justin        - Está tudo bem com ele?
Natalie      - Sim... Eu acho.
Justin        - Ele ainda gosta de você, não é?
Natalie      - Eu não sei.
Justin        - Está na cara que sim.
Natalie      - Eu o amo.
Justin        - Imagino que sim.
Natalie      - Sempre meu amigo, sempre me apoiando em tudo.
Justin        - É um bom rapaz.
Natalie      - Sim...
Então nós colocamos as coisas no carro e fomos até o lago. Era tudo maravilhoso. Arrumamos as coisas para nosso piquenique e sentamos na grama.
Justin        - Abre a boca.
Natalie      - Não...
Justin        - Sim...
Então eu abri e ele começou a acertar pedacinhos de chocolate em minha boca.
Natalie      - Você é bom.
Justin        - Sempre fui.
Natalie      - Convencido!
Justin apenas riu.
Natalie      - Minha vez.
Justin        - Agora é o perigo...
Natalie      - Para! – bati levemente em seu ombro.
Peguei os pedacinhos de chocolate e sem querer acertei em sua testa.
Justin        - Encontrei um defeito em você – riu.
Natalie      - Você se movimentou, então acertei em sua testa.
Justin        - Mentira!
Nós começamos a rir e Justin me beijou levemente.
Ficamos a tarde inteira conversando sobre as coisas que gostaríamos que acontecessem e sobre o que sentimos. No final da tarde fomos para casa e começamos a arrumar nossas malas.
Jantamos com os pais de Justin, Scotter e Carin e depois visitamos minha mãe em seu trabalho. Levamos alguns doces na casa dós meus avós e depois Justin ficou no hotel conversando com seus pais, enquanto fui à casa da Beth e ficamos conversando por um bom tempo.
Natalie      - Vai sentir minha falta? – sorri.
Beth          - Ele está roubando minha melhor amiga.
Natalie      - Ainda sou sua melhor amiga.
Beth          - Eu sei que é! – exclamou.
Natalie      - Está com ciúmes?
Beth          - Só não quero que se esqueça de nós.
Natalie      - Nunca!
Escutamos um barulho de ambulância, então saímos na janela e vimos Will deitado em uma maca.
Rapidamente nós saímos na rua e a Sra. Condor entrou no banco do passageiro chorando. A mãe de Beth viu a cena e rapidamente nos levou ao hospital. Enquanto Beth e sua mãe acalmavam a Sra. Condor, eu fiquei olhando Will pelo vidro do quarto que dava acesso ao corredor.
O médico se aproximou e disse que ele já tinha acordado do desmaio e estava ficando melhor. A mãe dele entrou falar com Will e depois saiu pedindo para eu entrar no quarto. Eu respirei fundo e lentamente entrei.
Natalie      - Como você está?
Ele fez sinal para eu sentar na cama, então me sentei virada para ele.
Will           - Você é linda – segurou minha mão forte.
Natalie      - Obrigada – apertei sua mão.
Will           - Eu estou morrendo.
Natalie      - Não, você não está.
Will           - Olha isso – com a outra mão ele tirou uma toca que cobria seu cabelo e não havia mais nada.
Natalie      - Não! Isso não!
Will           - Sim, eu estou com leucemia.
Natalie      - Por quê? Por que com você?
Will           - É a vida...
Eu me deitei ao seu lado e o abracei.
Natalie      - Não quero te perder.
Will           - Já me perdeu uma vez.
Natalie      - Mas dessa vez você não irá voltar.
Eu comecei a chorar e ele enxugava as lagrimas com os dedos.
Will           - Não chora.
Natalie      - Você vai se recuperar.
Will           - Eu te amo.
Natalie      - Eu também.
Will           - É uma pena que você não me ame da mesma maneira que eu te amo.
Natalie      - Mas o importante é que eu amo você.
Will           - Quando eu fui embora aos treze anos, eu tinha ido me curar, pois já estava com câncer. Nós achamos que eu estava curado, mas ele voltou. Então eu quis vir para cá somente para te ver.
Natalie      - Por que não me disse nada?
Will           - Queria que você ficasse em paz, então eu morreria em paz sabendo que você estava bem e que me desculpou.
Natalie      - Wil... – mal conseguia enxergar ele, pois as lagrimas atrapalhavam minha visão.
Will           - Lembra-se de quando nós éramos crianças e estávamos sentados no balanço do quintal da sua vó e eu te disse uma coisa?
Natalie      - “Você será a menina da minha vida”.
Will           - Você lembra – sorriu.
Natalie      - Não iria esquecer.
Will           - Agora posso dizer com toda certeza que você é à mulher da minha vida. Eu sempre te amei e sempre irei amar.
Eu o abracei com todas as forças que eu tinha e ele beijou minha testa. A enfermeira abriu a porta e disse que ele precisava fazer alguns exames e eu tinha que me retirar. Então beijei o rosto de Will e sai do quarto enxugando as lagrimas com as mãos.
Justin estava sentado ao lado de Beth e rapidamente veio me abraçar.
Justin        - Tudo bem... Ele ficará bem.
Eu comecei chorar mais ainda e Justin tentava me acalmar.
Natalie      - Não posso ir amanhã com você.
Justin        - Não tem problema. Nós daremos um jeito nisso.
A enfermeira saiu da sala e pediu para Justin entrar no quarto, pois Will queria conversar com ele. Todos ficaram olhando e Justin entrou no quarto.
Justin        - Ei amigo! Você vai sair dessa – ficou parado ao lado da cama.
Will           - Eu entendo você não gostar de mim, mas saiba que eu não me importo.
Justin        - Como assim? Você não sabe o que está dizendo.
Will           - Não precisa fingir que está preocupado comigo.
Justin        - Eu estou preocupado contigo. Cara, eu não estaria aqui somente pela Natalie. Por um lado estou aqui porque você tem grande importância na vida dela, mas eu quero te ver sair desse hospital recuperado e tendo sua vida de volta.
Will           - A minha vida vai acabar aqui.
Justin        - Você terá muito tempo para viver pela frente.
Will           - Cuida dela.
Justin        - Da Natalie? Sempre.
Will           - Ela foi à única garota que amei em vida, e tenha certeza, que até o ultimo minuto de vida que terei, ela será a única pessoa que tem meu coração.
Justin        - Eu vou cuidar dela – começou a chorar.
Will           - Por favor, faça isso.
Eu comecei olhar pela janela de vidro e avistou Justin abraçando Will e ambos estavam chorando.
Logo depois Justin saiu do quarto e me tirou rapidamente do hospital e me levou para casa.
Natalie      - Ele não pode morrer.
Justin        - Ele te ama.
Natalie      - Eu sei.
Justin        - Você sabe que eu não posso ficar, pois tenho turnê, não sabe?
Natalie      - Eu vou ficar.
Justin        - Não me entenda mal, ok? Eu quero dar um tempo no nosso relacionamento. Quero dizer, que ainda estamos juntos, mas dê todo o amor que há dentro de você para o William. Eu não vou ficar aborrecido, só faça isso.
Natalie      - Por quê?
Justin        - Porque ele merece.
Natalie      - Mas Justin...
Justin        - Você me ama?
Natalie      - Amo.
Justin        - Eu confio em você.
Natalie      - Por que está fazendo isso?
Justin        - Ele realmente te ama, e tenho certeza que ele quer ter o final de sua vida com a pessoa amada. Ele está passando por tanta coisa, que tem o direito de morrer em paz.
Natalie      - Eu farei isso.
Justin se aproximou de mim e me abraçou forte.
Justin        - Eu te amo tanto, mas tanto, que estou fazendo isso porque sei o quanto você é uma pessoa incrível e sei por que ele te ama.
Natalie      - Isso não vai afetar nada entre a gente?
Justin        - Absolutamente nada. Você só vai fazer o que é certo.
Natalie      - Eu te amo.
Nós nos beijamos e se arrumamos para dormir.